domingo, 23 de fevereiro de 2014

Crónica: II Guerra Mundial: a tropa manda desenrascar e estar bonita

O uso da roupa vintage ou em segunda mão, o DIY (do it yourself, vulgo costura ou modificação de peças), as trocas e a reutilização de tesouros ou mesmo truques de styling que permitem multiplicar os coordenados do guarda-roupa, tornaram-se mainstream.


A frase "go through your wardrobe" não podia estar mais na moda nos tempos de crise que vivemos.
Hábitos já esquecidos (ou segredos bem guardados das fashionistas e profissionais de Moda) como o uso da roupa vintage ou segunda mão, o DIY (do it yourself, vulgo costura ou modificação de peças) as trocas e a reutilização de tesouros ou mesmo truques de styling, alguns bastante exóticos, que permitem multiplicar os coordenados do guarda-roupa, tornaram-se mainstream. Antes de ir ao shopping, faz-se indoor shopping.

É natural que em fases de menor abundância se repensem os hábitos de consumo. A moda é um fenómeno social como qualquer outro, e dos mais permeáveis às convulsões da economia.
Mas a frase não é nova: "go through your wardrobe" era a palavra de ordem durante o esforço de guerra britânico  a partir de 1941, quando foi introduzido o (imaginem-se a passar por isto, meninas que não sobrevivem sem a visita semanal à Zara) racionamento de roupas. Medidas semelhantes foram implementadas noutros países europeus e as mulheres americanas não tardariam a seguir o exemplo.
Todos os adultos recebiam um dado número de cupões por ano (o que permitia, mais ou menos, compor um, e só um, coordenado por pessoa). Para poupar material, os saltos dos sapatos só podiam ter no máximo 5 cm e os fatos de homem um determinado número de bolsos, por exemplo. E não falemos no sarilho que era calcular o tamanho certo das roupas para criança - o que fazia com que estas tivessem de passar de mão em mão entre os pequenos da mesma família à medida que deixavam de servir. O mesmo acontecia com vestidos de noiva ou de cerimónia, e sobretudo com as meias de seda. As calças ainda não eram tão banais como isso mas parecia mal andar de pernas nuas, por isso recorria-se a truques: a Max Factor inventou o primeiro autobronzeador, que dava a ilusão de meias, e pintava-se uma "costura" com eyeliner: eram as chamadas "meias da vitória".

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